ESTE BLOG É DESTINADO AO MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO DA COMARCA DE ITAJAÍ.
MINISTÉRIO ESSE DO MOVIMENTO ECLESIAL DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Sagrada Escritura na vida do Cristão!

A SAGRADA ESCRITURA NA VIDA PESSOAL DO CRISTÃO


Uma prática recomendada pela Igreja



É tão grande o poder e a eficácia que se encerra na palavra de Deus que ela constitui sustentáculo e vigor para a igreja e, para seus filhos, firmeza na Fe, alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual.

É preciso que o acesso a sagrada Escritura seja amplamente aberto aos fieis.

O Papa Bento XVI, na homilia de encerramento do Sínodo da Palavra, em outubro de 2008, exorta:... a tarefa prioritária no início deste milênio e antes de tudo alimentar-se da Palavra de Deus, para tornar eficaz o compromisso da nova evangelização.

Alguns perigos e Alguns cuidados


Situações e experiência diversas fizeram aparecer textos diferentes, tanto na mensagem ou conteúdo quanto na forma. E aqui esta o maior problema para quem deseja ler a bíblia do começo ao fim, como se ela se tratasse de um único texto ditado, escrito na mesma ordem em que se encontra nas versões que conhecemos hoje. Para entrar em cada livro, é preciso ter em conta a situação que gerou o texto, os problemas que a comunidade enfrentava, para que a finalidade o texto foi escrito.

Muitos fizeram uma leitura ingênua do texto, lendo frases fora de seu contexto, sem levar em conta a mensagem como um todo e, as vezes, até deturpando o sentido do texto bíblico.

Outro perigo é ler a bíblia como se ela tivesse caído do céu como um meteoro. Se a Bíblia é fruto da caminhada do povo de Deus,não dá para desliga-la da nossa vida. Nós entramos no texto bíblico com a nossa historia pessoal e comunitária, para que ela possa nos iluminar. Ela não caiu do céu, mas nasceu do chão da historia, nasceu da busca por terra e liberdade. É por isso que a Bíblia não tem para nós respostas prontas.

Do mesmo modo, é preciso estar atento para não cair, no fundamentalismo, ou seja, tomar a Bíblia “ao Pé da letra”. A ideia que os judeus tinham de história, por exemplo, não é a mesma que nós temos, quando lemos os livros históricos, não é o caso de buscarmos neles descrições dos fatos como encontramos nos livros de história atuais. A narrativa da criação do mundo em seis dias, assim, não pode ser lida como relato temporal: trata-se de maneira usada para descrever a presença e a ação amorosa e poderosa de Deus na criação e sustentação do universo.

A LECTIO DIVINA : Uma leitura orante da Sagrada Escritura.


Entre as muitas formas de se aproximar da Sagrada Escritura, existe uma privilegiada , á qual todos somos convidados: á Lectio Divina ou exercício de leitura orante da Sagrada Escritura. Esta leitura orante bem praticada conduz ao encontro com Jesus , mestre, ao conhecimento do mistério de Jesus Senhor do universo. Com seus quatro momentos: Leitura, meditação, oração, contemplação , a leitura orante favorece o encontro pessoal com Jesus Cristo semelhante ao modo de tantos personagens do Evangelho:

Nicodemos e sua ânsia de vida eterna (Jo 3, 1-21);
Samaritana e seu desejo de culto verdadeiro (Jo 4, 1-42)
O cego de nascimento e seu desejo de ver a luz interior (Jo 9);
Zaqueu e sua vontade de ser diferente (Lc 19, 1-10)

Todos eles, graças a esse encontro, foram iluminados e se abriram á experiência da misericórdia do Pai que se oferece por sua Palavra de Verdade e vida. Não abriram o coração para algo do Messias, mas ao próprio Messias, caminho de crescimento “maturidade conforme a sua plenitude” processo de discipulado, de comunhão com os irmãos e de compromisso com a sociedade.

A lectio Divina é um método da leitura da Sagrada Escritura que vem sendo praticado por muitas pessoas na vida da Igreja, especialmente a partir dos tempos do monaquismo. Esta expressão Lectio divina nos foi legada por um dos chamados padres da Igreja Orígenes que viveu pelo final do século II até meados do século III. Orígenes dizia que para se ler a Escritura com proveito é necessário um esforço de atenção e assiduidade, cada dia de novo, tem que voltar á fonte da Escritura, e o que não se consegue com o próprio esforço, deve ser pedido na oração , pois é absolutamente necessário rezar, para se compreender coisas divinas.

Essa proposta de leitura orante foi criteriosamente sistematizada a partir do século XII, quando o monge Guigo de chartreux a organizou em quatro degraus : Leitura , meditação, oração e contemplação, mais tarde acrescentou-se um quinto degrau de ação ),
Dessa sistematização , definiu-se lectio divina é a leitura da Sagrada Escritura feita para suscitar a oração e conduzir á contemplação.
A leitura busca a doçura da vida bem- aventurada, a meditação a encontra, a oração a pede, a contemplação a saboreia. A leitura, em certo modo, leva o alimento sólido á boca, a meditação o mastiga e tritura, a oração extrai o sabor, a contemplação é a própria doçura que alegra e reanima. A leitura atua na casca, a meditação na medula, a oração desejando, a contemplação no amor da doçura conseguida”(Guigo de Chartreux).


O primeiro Degrau: A leitura


É o estudo assíduo da escritura, feito com o Espírito atento.
É o primeiro passo: ler o texto, ler de novo e reler várias vezes, até enteder o que está escrito; feita atentamente e com tempo suficiente, evitar a leitura rápida e superficial.

O Segundo Degrau: a meditação

É uma diligente atividade da mente que, com ajuda da própria razão, procura o conhecimento da verdade oculta.

O Segundo passo é assimilar o que se leu no texto, trazando para a própria vida ou de sua comunidade. É a ruminação do alimento trazido á boca.

O terceiro Degrau: a oração

É o impulso fervoroso do coração para Deus,pedindo que afaste os males e conceda as boas coisas.
O terceiro passo é a nossa resposta a Deus, diante do que foi lido, diante do que ele nos oferece no texto. É a nossa oração: rezar o texto que acabamos de ler tirando dele toda a oração possível.

O Quarto Degrau: a contemplação

É a elevação da mente até sobre si mesma que, suspensa em Deus, sabedoria as alegrias da doçura eterna.
O Quarto passo é por fim, o resultado da leitura que fica nos seus olhos o ajudará a apreciar e a saborear melhor as coisas de Deus e da vida: é a contemplação.

O Quinto Degrau: ação

A interiorização da Palavra de Deus incutirá atitudes de mudança, de conversão pessoal, na vida particular ou comunitária; passe-se agir segundo a orientação prática da palavra lida.
A interiorização da Palavra de Deus incutirá atitudes de mudança, de conversão pessoal, na vida particular ou comunitária, passa-se agir segundo a orientação prática da palavra lida.

Um Plano de Leitura

Seguindo orientações do livro de Reinaldo Bezerra “Bíblia Sagrada, Luz e abrigo para aventura da Vida”.

a) Comece com a primeira carta de São João, Capitulo I. Nos dias seguintes, leia sempre um por dia, os outros quatro capítulos desta primeira carta, a segunda carta de São João , que tem só um capitulo. E a terceira carta de São João, que também só tem um capitulo.


Recomendações

Leia as explicações do rodapé de sua bíblia, sublinhe;
Pergunte-se ao ler cada capitulo: o que Deus está dizendo para mim hoje nesta leitura?

b) Um livro que facilita e predispõe o nosso coração para a oração e o livro dos salmos.

c)Leia o Evangelho de São Joao
d) Leia o Evangelho de São Marcos
e) Depois de Marcos, leia
sequencialemnte tanto Oe vangelho de Lucas como os Atos dos apóstolos.
F) agora leia o evangelho de Mateus.
g) Vamos para um novo passo, entrando em contato agora com outro gênero literário da Bíblia: o gênero epistolar ou simplesmente as cartas.
- Cartas de Paulo: Leia as cartas dirigidas ás comunidades na seguinte sequencia:
Carta aos Efésios
Carta aos Filipenses
Carta aos colossenses
I carta aos tessalonicenses
II Carta aos tessalonicenses
Carta aos Galatas
I carta aos Corintios
II Carta aos Corintios
Carta aos Romanos

Cartas Pastorais

I Carta a Timoteo
II Carta a Timoteo
Carta a Tito
Carta a Filêmon
Carta aos Hebreus
Epistolas Católicas
Carta Tiago
I Carta de Pedro
II Carta de Pedro
Carta de Judas

h) Vamos entrar agora na fase de Leitura dos livros do AT.
i) Finalmente, depois dessa etapa, resta para você apenas a leitura do último livro da sagrada escritura: O livro do Apocalipse.

De uma maneira resumida podemos verificar os para leitura orante da palavra:

1. Leitura

O que diz o texto?
Tomar a Bíblia e ler com a convicção de que Deus nos fala.
Numa atitude de interiorização, silenciar-se para ouvir Deus.

2. Meditação:

O que o texto me diz?
Refletir, ruminar, aprofundar, repetir as palavras significativas.
Aplicar a mensagem de hoje.

3. Oração
O que o texto em faz dizer a Deus?
Conversar com Deus a partir do Texto

Responder as interpelações.
Atitudes de adoração, louvor, agradecimento, perdão.

4. Contemplação:
Ver a realidade com os olhos de Deus.
Mergulhar no mistério de Deus.
Saborear Deus.


Fonte: REVISTA RENOVAÇÃO ANO 11 NUMERO 65 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2010.
RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DO BRASIL

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ENCONTRO DE AVIVAMENTO

PROJETO PROFETAS LÍNGUAS DE FOGO 2º Encontro do Ano 2010.


DIA 26 DE SETEMBRO


TEMA: ANUNCIA-ME ( DENTRO DO PROJETO NACIONAL DE FORMAÇÃO PARA PREGADORES )

LEMA: SE FORES O QUE DEUS QUER,COLOCARÁS FOGO NO MUNDO ( SANTA CATARINA DE SENA )

PREGAÇÃO: EQUIPE ESTADUAL DE FORMAÇÃO DO MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO

ANIMAÇÃO:MINISTÉRIO DAS ARTES DA COMARCA DE ITAJAI

LOCAL: CHACARÁ SÃO BENTO - COMUNIDADE TRANSFIGURAÇÃO

ENDEREÇO: BAIRRO ESPINHEIROS - RODOVIA JORGE LACERDA EM DIREÇÃO A ILHOTA 1º ENTRADA A DIREITA ANTES DA SEGUNDA LOMBADA ELETRONICA

DIA 26 DE SETEMBRO - DOMINGO

INICIO ÁS 0800HS TERMINO AS 1700HS COM A SANTA MISSA!


Foi-me dirigida nestes termos a palavra do Senhor:
5. Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações.
6. E eu respondi: Ah! Senhor JAVÉ, eu nem sei falar, pois que sou apenas uma criança.
7. Replicou porém o Senhor: Não digas: Sou apenas uma criança: porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar.
8. Não deverás temê-los porque estarei contigo para livrar-te - oráculo do Senhor.
9. E o Senhor, estendendo em seguida a sua mão, tocou-me na boca. E assim me falou: Eis que coloco minhas palavras nos teus lábios.

JEREMIAS 1, 4-9

ABRAÇOS FRATERNAIS.

FIQUE NA PAZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

RÁDIO CANÇÃO NOVA

TV CANÇÃO NOVA

Eleições 2010 CNBB

CNBB fala sobre eleições e aborto

CNBB

CNBB
Dom Dimas: ''Que o cerne de toda política pública seja a pessoa humana, sagrada, intocável, desde o momento em que passa a existir''
O jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição de sexta-feira, 20, na página A7, trouxe uma nota afirmando que o secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, “admitiu que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto”. A citação, fora de seu contexto, leva o leitor a interpretações que não correspondem em absoluto à posição do secretário geral em relação a este tema.

Diante disso, o secretário solicitou uma retificação por parte do jornal que foi publicada na edição deste sábado, 21, na página 2, coluna Fórum dos Leitores.

Publicamos abaixo a íntegra do texto

Prezado Senhor Diretor de Redação,

Foi com desagradável surpresa que vi estampada minha fotografia no topo da página A7 da Edição de hoje, sexta-feira, 20 de agosto, com a nota de que eu teria admitido que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto.

Gostaria de expressar, mais uma vez, a posição inegociável da CNBB, que é a mesma do Magistério da Igreja Católica, de defesa intransigente da dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. O aborto é um crime que clama aos céus, um crime de lesa humanidade. Isso, evidentemente, não significa que o peso da culpa deva recair sobre a gestante. Também ela é, na maioria das vezes, uma grande vítima dessa violência, e precisa de acompanhamento médico, psicológico e espiritual. Aliás, esses
cuidados deveriam vir antes de uma decisão tão dramática.

Os católicos jamais poderão concordar com quaisquer programas de governo, acordos internacionais, leis ou decisões judiciais que venham a sacrificar a vida de um inocente, ainda que em nome de um suposto estado de direito. Aqui, vale plenamente o direito à objeção de consciência e, até, se for o caso, de desobediência civil.

O contexto que deu origem à manchete em questão é uma reflexão que eu fazia em torno da diferença entre eleições majoritárias e proporcionais. No caso da eleição de vereadores e deputados (eleições proporcionais), o eleitor tem uma gama muito ampla para escolher. São centenas de candidatos, e seria impensável votar em alguém que defenda a matança de inocentes, ainda mais com dinheiro público. No caso de eleições majoritárias (prefeitos, senadores, governadores, presidente), a escolha recai sobre alguns poucos candidatos. Às vezes, sobretudo quando há segundo turno, a escolha se dá entre apenas dois candidatos. O que fazer se os dois são favoráveis ao aborto? Uma solução é anular o próprio voto. Quais as conseqüências disso? O voto nulo não beneficiaria justamente aquele que não se quer eleger? É uma escolha grave, que precisa ser bem estudada, e decidida com base numa visão mais ampla do programa proposto pelo candidato ou por seu Partido, considerando que a vida humana não se resume a seu estágio embrionário.

Na luta em defesa da vida, o problema nunca é pontual. As agressões chegam de vários setores do executivo, do legislativo, do judiciário e, até, de acordos internacionais. E chegam em vários níveis: fome, violência, drogas, miséria... São as limitações da democracia representativa. Meu candidato sempre me representa? Definitivamente, não! Às vezes, o candidato é bom, mas seu Partido tem um programa que limita sua ação. Por isso, o exercício da cidadania não pode se restringir ao momento do voto. É preciso acompanhar, passo a passo, os candidatos que forem eleitos. A iniciativa da Ficha Limpa mostrou claramente que, mesmo num Congresso com tantas vozes contrárias, a força da união do povo muda o rumo das votações.

Que o Senhor da Vida inspire nossos eleitores, para que, da decisão das urnas nas próximas eleições, nasçam governos dignos do cargo que deverão assumir. E que o cerne de toda política pública seja a pessoa humana, sagrada, intocável, desde o momento em que passa a existir, no ventre de sua própria mãe.

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

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Ralf Berndt

quinta-feira, 13 de maio de 2010

PALAVRA DO COORDENADOR











Querido Pregador(a),

Que a paz de Jesus Cristo e o amor da nossa mãe Maria esteja em cada coração. É com grande alegria que escrevo a todos os proclamadores da Palavra de Deus, estamos vivendo um momento onde Deus tem feito o extraordinário através dos pregadores. Temos vivenciado o Kairós, o tempo da graça.
Você já parou para perguntar a Deus o que ele quer de você neste ministério de pregação? Meus queridos irmãos Deus quer que cada um de nós continue a missão que Cristo, de sermos missionários do Pai. Como Coordenador comarcal deste Ministério não poderia deixar de passar a todos vocês queridos irmãos em Cristo, que não desistam jamais de proclamarem a palavra,busquem intensamente a formação,para que possamos ter um exercito em ordem de Batalha.

Esta é a hora de colocarmos a disposição da nossa igreja, de se integrar cada vez no seio dela, não perder a oportunidade de evangelizar a todos.Vamos assumir este compromisso com a nossa igreja, vamos catequizar o nosso povo,vamos ensinar o povo pregando com ardor e poder, sem perder a nossa identidade.
Entre todos os dons que Cristo concedeu a vocês, merece predileção o da vocação ao ministério da pregação. Tem que ser a maior de suas maiores honras,e por isso vocês devem robustecer o espírito no sofrimento e no sacrifício que o cumprimento dos deveres da vida diária requer.A virtude, em vocês, deverá sempre ser integra e vigorosa, mas nunca brusca, áspera.O que Deus espera de vocês, e também o que os homens esperam, os compromete e obriga a corresponder com dignidade á sua vocação cristã e de pregador da palavra de Deus neste movimento eclesial.Seria terrível manchar o bendito nome que trazemos de apóstolos da efusão do Espirito Santo,do amor e da caridade de Deus.
Devemos, portanto, viver uma vida digna de tal nome; viver de tal modo que Cristo não se envergonhe, nem venha a se sentir defraudado nos seus planos de salvação para humanidade inteira.
Eu os convido, como pregadores do movimento eclesial Renovação Carismática Católica , a todos que vão chegar neste movimento, a não desonrarem o nome de discípulos de Cristo e a missão para qual fomos chamados por Deus, Precisamos nos sacrificar para vivê-la, e é pelo nosso amor-próprio e pelo nosso desejo de estima que devemos começar,porque eles são o primeiro obstáculo na estrada para a unidade que Jesus nos pede pelo amor.
Temos que nos ensinar a perdoar e a esquecer, a amar e a não odiar, a procurar a união e o amor não apenas entre os nossos, mas entre todos os homens.
É claro que aos homens nós temos que ensinar principalmente com o bom exemplo da nossa vida, e que está união e caridade vivida no seio do lar, no nosso ambiente de trabalho e no seio do nosso movimento, devem ser transmitidas de geração em geração como a herança mais preciosa que podemos deixar a quem está por vir trabalhar no campo do Pai celestial. Esta união e caridade serão o baluarte mais seguro contra as tocaias do inimigo, e darão força para o movimento se sustentar no meio das mais terríveis contradições.
Precisamos estar sempre prevenidos e sempre temos de meditar no que significa para nós esta caridade e união, para amá-la é preferível perder tudo a faltar á nossa palavra de praticá-la até o heroísmo.
É de tal maneira que nós temos de estreitar a nossa amizade e amor em Jesus, que todos não formemos senão um só no seu coração. No tocante a mim, estou convencido de que assim agradaremos muitíssimo a Cristo, e eu, portanto, me disponho a ser o primeiro em amá-los nele do fundo do meu ser. Talvez alguns de vocês achem está frase um exagero, mas eu acredito que está união e caridade sobrenatural que deve nos distinguir nós jamais podemos exagerar. Quem sabe, até alguns de vocês infelizmente estas palavras pareçam mortas ou não pretendam mais do que uns floreios de retórica; eu espero, no entanto, que não seja assim para todos, e que a maioria entenda os anseios imensos que eu tenho, como Coordenador do ministério de Pregação em nossa comarca, por muitas vezes me senti um estrangeiro,meio que rejeitado,mas percebi o quanto sou amado pelos irmãos dessa comarca, e quero ser sim transmissor da vontade divina para os pregadores deste movimento amado, de que todos se encham do verdadeiro espírito de Cristo e sejam modelo e padrão de perfeição evangélica. Por isso eu elevo todos os dias ao Pai a mesma oração de Jesus na última ceia: PAI SANTIFICA-OS PARA SEREM UM. E se isto parece extravagância, então eu posso me gloriar de imitar Jesus em ser extravagante. Nada nem ninguém me impedirão de por em pratica, enquanto a minha ignorância e a minha miséria me permitirem, todos os meios que possa nos levar a imitação de Jesus Cristo e á pratica da perfeita caridade.
Todos vocês devem ser um com Jesus e um entre si.
Formem um só corpo; tenha a mesma fé, o mesmo amor, a mesma esperança. Impossível conceber os membros de um mesmo corpo separado entre si ou procurando cada qual o próprio bem particular em prejuízo do corpo. Impossível conceber o soldado de um batalhão sem perseguir a mesma finalidade de todos e sem estar alerta em tudo á diretiva do momento.
É verdade que as misérias e a triste condição de homens decaídos farão de nós os causantes, talvez, do sofrimento dos outros; ou também, quem, sabe, as vítimas. Seja qual for o caso, nós temos de lutar para que a unidade não se perca. O espírito do movimento, que todos deverão assimilar, nos recomenda o cultivo, com esmero e delicadeza, da caridade, e chega a exigir a separação daquele membro que, por qualquer caminho, tentar romper esta unidade.
Com o olhar firme no bem que almejamos o estabelecimento do reino de Cristo no mundo para Glória do Pai e para o bem dos homens, resolvemo-nos a buscá-lo, unindo-nos tão intimamente na caridade que ninguém possa nos separar. É a mesma e uma só a esperança da nossa vocação.Devemos todos ter as mesmas miras, e dos mesmos sentimentos de que estava repleto o Coração de Jesus devem estar repletos os nossos.
Um só é o nosso Pai e uma só a nossa Mãe. Os princípios de caridade traçados por Jesus no evangelho nos obrigam a não sair do seio amoroso do Pai, nos obrigam a não violar nem enturvar a paz que deve reinar nas nossas famílias, nas nossas equipes, e em nosso amado movimento pentecostal.
Vivamos sempre num corpo, num espírito, numa esperança comum. Sofrendo tudo e suportando tudo para que os homens, vendo a nossa união e caridade, glorifiquem o nosso Pa celestial, autor de toda obra perfeita e doador de todo bem.

Minhas saudações, abraços fraternais e que Deus lhe abençoe,

Com muito afeto em Jesus Cristo,

Ralf Berndt

Oficina de Pregação - Roteiros

MODELO DE ROTEIRO DE PREGAÇÃO[1]
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I – INTRODUÇÃO
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- Nosso tema é JESUS SALVADOR
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(“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo... Jo 3,16-17)”.
- Jesus (significado da palavra Jesus), Salvação (o que é salvação), na prática, como seremos salvos? Onde e quando seremos salvos?
- Hoje estou aqui para, em nome de Jesus, apresentar-lhes a salvação para a vida eterna, assim como para esta vida. Sim, não precisamos esperar a morte para experimentar a salvação de nosso Senhor Jesus. Veremos nesta pregação que o Senhor veio salvar os filhos e filhas de Deus por inteiro, começando já na vida terrena. Então, desde logo, creia em Jesus. Ele está interessado em resolver os problemas da sua vida. Ele tem poder para salvar você e sua família desta situação angustiante em que se encontra. Ele tem poder para ser a solução que você tem esperado. Isso é o que veremos nesta pregação.
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II - DESENVOLVIMENTO
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1. JESUS (apresentação de Jesus)
3. Filho de Deus (do Deus vivo: Mt 16,16)
4. A palavra “Jesus” significa Javé salva
5. Jesus: Messias, cumprimento da promessa do Pai
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2. SALVAÇÃO
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a) Conceito
- História (dramatizada) sobre um homem que estava caindo em um abismo cujo fundo estava cheio de estacas de pontas para cima. Este homem, no limite final de suas forças, foi alcançado por um amigo, livrando-se da morte certa.
b) Jesus já nos salvou
b.1) Único salvador
b.2) Jesus é o caminho e a vida (Jô 14,6)
c) Salvação do pecado (livro “Como Evangelizar os Batizados”, do Prado Flores)
c.1) Salvação das conseqüências do pecado
c.2) Salvação das suas causas
c.3) Justificação
c.4) Remissão/remição
c.5) Redenção
d) Salvação em situações concretas da vida
- Jo 4,1-39
- Jo 8,1-11
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3. A SALVAÇÃO, EM TERMOS PRÁTICOS
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a) Pessoas salvas por Jesus:
- Zaqueu (Lc 19,1-11)
- A mulher adúltera (Jo 8,1-11)
- Pedro, no lago (Mt 14,30-31)
- O ladrão na cruz (Lc 23,42-43)
b) Chave da Salvação (At 4,12; Rm 10,9-13)
- Crer de coração, confessar a fé com os lábios e invocar a salvação ao Senhor

III – CONCLUSÃO
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1. PERORAÇÃO
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- Idéias centrais: Jesus é o filho de Deus e é nosso salvador. A salvação está em seu próprio nome. Ele nos salva do pecado, de suas causas e conseqüências. Ele nos salva também em situações concretas de nossa vida, como salvou Pedro de morrer afogado e a mulher adúltera de morrer apedrejada.
- Jesus realmente pode nos salvar. Ele veio para isso, e o demonstrou levando o ladrão da cruz ao Paraíso. E está esperando que você creia nele de coração, confesse com os lábios esta fé e clame por sua salvação, como Pedro clamou no lago e o ladrão clamou na cruz. Quando você fizer isso, ouvirá o Senhor dizer-lhe o que disse a Zaqueu: “Hoje a salvação entrou nesta casa”, e ouvirá, no final da vida terrena, Ele dizer-lhe o que disse ao ladrão no alto da cruz: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
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2. ORAÇÃO FINAL
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- Orar para que todos creiam em Jesus, de coração.
- Renovar as promessas do batismo, com ênfase para a confissão da fé em Jesus Cristo ressuscitado, salvador, senhor e messias, bem como em sua aceitação como salvador pessoal.
- Levar todos a invocarem a salvação de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna e para as situações de sofrimento da vida terrena, situações concretas, situações que estejam vivendo no momento.

Amém.
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[1] Para modelo de ensino poderá ser usado qualquer um dos roteiros deste encontro (PREGAÇÃO, PREGADOR; ENSINO, FORMADOR; REVELAÇÃO PARA A PREGAÇÃO E O ENSINO, E ROTEIRIZAÇÃO

29 perguntas que todo coordenador e servo do Grupo de Oração deveria fazer para si mesmo

Autores do Texto


Francisco Júnior Ziad Joseph Esper

Revisto por:Reinaldo Beserra dos Reis

Considerações Iniciais

As respostas aqui apresentadas, não têm por finalidade, estipular regras de conduta do GO ou colocar padrões rígidos a serem seguidos. Estas respostas são uma ajuda para os Coordenadores de GO e membros de núcleo melhor conduzirem os fiéis. Sabemos, entretanto, que somos apenas canais da Graça do Espírito Santo, e servos dispostos a sermos conduzidos pelo Senhor Jesus, a quem se deve toda honra, glória e louvor.
Toda reunião de oração deve ser primordialmente conduzida pelo Espírito Santo. O que apresentaremos é apenas uma maneira fácil de organizarmos a Reunião do GO e conseguirmos atingir nosso objetivo, que é levar o maior número de pessoas para o Senhor.
Em Goiás, como em outros estados, temos uma seqüência de Seminários, o que não acontece em todos os lugares, portanto, quando aparecer a expressão SVE 1, 2..., favor entender Seminário de Vida no Espírito Santo, que é basicamente um encontro de Querigma. Os demais (SVE 2, 3...) variam muito de região para região.

1) A liderança do Grupo (coordenador, membros do núcleo, pregadores, intercessores, etc.) participam da recepção do povo no início da reunião do GO?
R - É muito comum, em nossos tempos, o povo se espelhar em ídolos, pessoas famosas que aparecem na mídia, como cantores, artistas, etc. Quando alguém chega a um grupo de oração é comum identificar os líderes como estes ídolos, pois os mesmos se apresentam distantes. Quando a liderança quebra esta barreira, e se aproxima dos fiéis, estes se abrem à ação daquele que é realmente a "estrela" de todos: JESUS.
Por este motivo, é de fundamental importância que toda a liderança (inclusive o coordenador do GO) estarem na recepção. É costume colocarmos para este ministério pessoas aparentemente sem carisma. Fulano não prega, não canta, não ora por cura, não intercede, então vai para a recepção. Colocamos então pessoas que estão enfermas, ou tristes, para o serviço que é o primeiro que acolhe o fiel. Ao contrário, se a acolhida é alegre, com a presença dos líderes, os frutos são maiores. Quando uma pessoa chega, às vezes pela primeira vez, vê uma pessoa que a recebe com alegria, começa a abrir o coração. Durante a reunião de oração este fiel vê que a mesma pessoa que o recebeu na porta é a mesma que está pregando! Aleluia! Ela abre o coração, pois neste grupo não há ídolos. Todos estão em busca do Senhor.

2) Quantas músicas animadas vocês cantam para preparar a oração?
R - Não queremos aqui determinar quantidade de músicas animadas para se cantar. Devemos ter no coração que as músicas animadas não servem para passar o tempo. O intuito é de abrir as pessoas para o louvor. "Desligar" os féis de seus problemas e se abrir para Deus (que é a solução dos problemas). Não se deve escolher as músicas ao acaso. Orem sempre e peçam ao Senhor a quantidade e quais serão as músicas que abrirão os corações dos fiéis.

3) Quanto tempo do Grupo é dedicado à animação?
R - Como a pergunta 2, é difícil estipular um tempo determinado. Se ela é para levar as pessoas a se abrirem ao louvor, então o tempo da animação é o tempo que as pessoas precisam para se abrir à reunião de oração. Mas não usemos esta resposta como justificativa para fazermos show.
4) Quanto tempo, em média dura, o momento de perdão?

R - No grupo de oração devemos levar as pessoas ao louvor. Por isso, se dedicarmos muito tempo ao momento de perdão, estaremos perdendo tempo de louvar! Outro perigo de momento longo de perdão é fazermos um grupo que, ao invés levarmos os fiéis ao Amor de Deus, levarmos a reconhecermos que eles são tão miseráveis, que não são dignos de se apresentar diante do Senhor.
O momento de perdão não é hora de "lavarmos a roupa suja!" De acusarmos ou apontar o dedo na miséria do irmão. É um momento breve que, com dinamismo, as pessoas pedem a misericórdia de Deus.
A não ser que o Senhor peça um momento mais aprofundado, um tempo longo dedicado ao perdão pode levar à melancolia e ao medo de Deus, pois este se torna, na visão daqueles que não o conhecem, um grande carrasco!

5) Como é a participação do povo no momento de perdão?
R - O intuito do GO não é mostrar o quanto quem ora na frente da assembléia ora "bonitinho"! A assembléia deve manifestar em voz alta e espontaneamente, o desejo de receberem a misericórdia de Deus. O animador pode usar de dinâmicas, como pedir que a assembléia se ajoelhe, ou fazer uma procissão até os pés de Jesus (utilizando uma imagem), entre outros. Porém não podemos pedir perdão pelos outros. No GO é bom que se ensine e incentive as pessoas a orar, e não assistir passivamente ao coordenador da oração.

6) Em que momento é feito o ensino aos novatos?
R - Como é bom quando vamos a uma festa e quem está à frente nos recebe com alegria, dizendo que pra ele é muito bom a nossa presença. O Senhor está exultante de alegria por cada irmão que vai a uma reunião de oração. Nossa alegria deve acompanhar a alegria do Senhor. Quando recebemos um novato não podemos tratá-lo com desprezo, quando o Senhor está radiante de alegria. Por tudo isso, é bom que em um momento se separe (fora do lugar onde está acontecendo a reunião) os novatos, e, em um breve ensino (dois minutos), se demonstre o quanto Deus está feliz pela presença daquele irmão.
Explica-se que aquele grupo é da RCC, onde Deus fará grandes obras na vida de cada um, e que também o grupo se alegra. Retornam-se as pessoas ao grupo, que as acolhe com um cântico e oração.Cada grupo deve encontrar um momento ideal para se fazer os ensinos aos novatos. A experiência adquirida através do Projeto Reavivando a Chama, em Goiânia, levou a crer que um bom momento seria o do perdão, pois só tem consciência do pecado, aquele que experimentou o amor de Deus. Por isso é difícil que alguém que vá ao grupo pela primeira vez aproveite profundamente deste momento. Porém cada grupo deve encontrar o momento ideal.

7) As pessoas que visitam o Grupo pela primeira vez são cadastradas e depois visitadas por uma equipe de pastoreio?
R - Alguém que vai para o grupo de oração por qualquer motivo, deseja ser acolhido. Tenho convicção de que os participantes que vão pela primeira vez sentiriam-se muito bem se alguém do grupo ligasse, durante o decorrer da semana, demonstrando o quanto ela tem valor. Não somente os iniciantes, mas também aqueles que se afastam do grupo, por qualquer motivo, e recebem uma visita ou ligação, também se sentem amadas. Quantos dos que já se afastaram disseram: "Eu me afastei e ninguém se preocupou, e nem me procurou".

8) Quanto tempo é dedicado a oração de louvor?
R - Sabemos que o louvor salva, liberta, cura, entre outras tantas graças. Quando louvamos, nos despojamos inteiramente de nós mesmos e colocamos nossa confiança e esperança no Senhor. Com tantas maravilhas, frutos do louvor, o GO deve dedicar maior parte do seu tempo (pelo menos a metade do tempo total do grupo) a este exercício da fé, que pode ser dividido em louvor comunitário (todos louvam a uma só voz), e espontâneo (louvor individual), usar dinâmicas de louvor, a Palavra e tantos outros recursos, inspirados pelo Espírito Santo, a fim de que todos aprendam a louvar. Tais dinâmicas e experiências de louvor serão publicadas na Revista Renovação, no Boletim Reavivando a Chama.

09 - Do tempo do louvor, quanto é dedicado ao louvor individual e espontâneo?
R - Assim como na resposta de número cinco, o intuito do grupo não é apresentar um coordenador que fale "bonitinho". A assembléia deve louvar. Para isso, aquele que conduz a oração, deve animar, incentivar, utilizar dinâmicas, sobretudo pedir poder do Espírito Santo, para que ele "motive" os demais fiéis a louvarem. Muitas vezes a motivação vem do simples fato do animador começar o louvor. Evitar ficar usando termos como: "Vamos louvar todo mundo... vocês estão mortos?" Ou "Eu não estou ouvindo ninguém louvar... mais forte, mais forte!" A experiência nos leva a crer que, quando o coordenador deste momento começa a louvar, o povo o acompanha. Porém o seu louvor deve ser sincero e inspirado pelo Espírito Santo. Muitas vezes é função do núcleo incentivar, quando espalhados entre o povo (não amontoados na frente), no momento do louvor espontâneo, os membros alternam o louvor, dando coragem aos participantes também louvar.

10 - A Palavra é proclamada nas reuniões de oração?
R - Em toda reunião a Palavra é sinal da presença de Jesus. Em oração, quando o Senhor der uma palavra, por profecia ou ciência, a mesma deverá ser proclamada, independente da pregação. A palavra motivará a um louvor, ou a uma entrega. O Senhor sabe do que nosso povo necessita a cada momento. Por seu imenso amor, Ele fala para edificá-los, exortá-los e consolá-los (II Cor 14, 3). Esta palavra também poderá ser dada pelo Senhor, não somente durante o GO, mas também na reunião do núcleo.

11 - A Palavra é orada nas reuniões de oração?
R - Quando a Palavra nos é dada, devemos saber o que o Senhor quer com ela. O caminho mais eficaz é a oração. A oração também levará a assembléia a dar uma resposta à Palavra de Deus. Muitos grupos já praticam esta oração, utilizando para isso os Salmos. Com certeza, é uma prática fantástica, pois ensina os fiéis a louvarem com a Palavra. Devemos tomar o cuidado de não nos atermos somente aos Salmos. É de fundamental importância estarmos abertos à qual palavra o Senhor quer dar. Poderá ser um Salmo, uma parábola, ou uma outra passagem qualquer. Não devemos fazer desta oração uma rotina.

12 - Quanto tempo dura a pregação?
R - A pregação no grupo de oração tem que ser direta, alicerçada na Palavra, ungida, e levar as pessoas a uma atitude de fé, dentro daquilo que está se pregando. Não ficar floreando, "enchendo lingüiça", fazendo o tempo passar. Se a pregação é direta, então o tempo de 10 a 15 minutos é o suficiente. Basta vermos a pregação de Pedro, no dia de Pentecostes, ao sair do Cenáculo. Se lermos bem devagar, não dura mais de cinco minutos. Foi suficiente para converter 3.000 pessoas. Esta pregação foi simples, direta e ungida. Por isso o resultado foi tão significante (At 2, 14-36)

13 - A pregação é querigmática?
R - A pregação apresentada no item 12 é característica da pregação querigmática. Esta pregação visa o encontro pessoal com Jesus ressuscitado e todas as conseqüências deste encontro, como a experiência do "Amor do Pai", da fuga do "Pecado", da "Salvação de Jesus", de uma atitude de "Fé e Conversão", do "Batismo no Espírito", do "Amor aos Irmãos", e finalmente, sua "Inserção na Comunidade". Esta pregação não tem como meta principal o aumento do conhecimento teológico ou doutrinário. Estes estudos poderão ser feitos em outros momentos, como cursos de aprofundamento, Seminários, Formação para ministérios específicos, etc.

14 - É feita oração pelos enfermos durante a reunião do Grupo de Oração?
R - Quantas são as vezes que as pessoas procuram o GO por estarem com problemas físicos ou emocionais? Quantos de nós não procuramos um GO por estes motivos? E o GO é local privilegiado onde estas graças acontecem. Para estes milagres acontecerem, independe de quem coordene. É Graça do Senhor! Para as curas acontecerem bastam duas coisas: Ter enfermos e alguém que peça. Em todas as reuniões os enfermos se farão presentes (mesmo aquele que em toda reunião está enfermo). Por que não ter, em todas as reuniões, alguém que peça por eles?

15 - Os carismas estão acontecendo durante a reunião? (Profecias, Línguas, Ciência, Curas, Milagres, etc.).
R - Nossos GO fazem parte do Movimento chamado Renovação Carismática Católica. Caso nossos GO não estejam manifestando os carismas, eles estão se afastando de sua vocação original, algo que poderia ser fatal para o GO. Com isso, é de fundamental importância que se peça ao Senhor manifestar os carismas, assumindo assim o nosso chamado dentro da Igreja, que é o de renová-los. Façamos como Pedro e os demais apóstolos quando foram soltos da prisão e orientados a não pregarem mais o nome de Jesus; eles clamaram ao Senhor nestes termos: "Agora, pois, Senhor, olhai para as suas ameaças e concedei aos vossos servos que com todo o desassombro anunciem a vossa palavra. Estendei a vossa mão para que se realizem curas, milagres e prodígios pelo nome de Jesus, vosso santo servo! Mal acabavam de rezar, tremeu o lugar onde estavam reunidos. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciaram com intrepidez a palavra de Deus" (At 4, 29-31).

16 - Durante a reunião as pessoas são conduzidas a rezar uma pelas outras?
R - Na reunião de oração a condução deve levar o participante a tomar uma postura ativa. Não apenas "receber" oração, mas também ser um ministro da oração. Nestes momentos, inclusive, deve-se atentar para que esta oração seja carismática, ou seja, com manifestação dos carismas (ciência, Sabedoria, cura, milagres...).

17 - Quantas pessoas participam do núcleo?
R - O núcleo é um espaço próprio para o discernimento e planejamento da caminhada do GO. Entendemos que é muito difícil fazer um discernimento dinâmico e ágil com mais de 10 pessoas. Discernir é buscar a vontade de Deus para a o GO, seja numa situação específica, por exemplo, um problema com um servo, ou mesmo sobre a visão da caminhada (temas para pregações, distribuição de funções e cargos, calendário e cronograma de eventos, formação de servos etc.).

18 - Quantas vezes o núcleo se reúne por mês?
R - Dependendo da dificuldade, realidade e cultura da região o número de reuniões pode ser bem variável; contudo, entendemos que o ideal é que as reuniões sejam semanais.

19 - Todas as reuniões do Núcleo são iguais ou existem dias específicos para planejamento, intercessão, partilha e confraternização?
R - É interessante que haja um planejamento bem ordenado para as atividades do núcleo. O núcleo precisa se dedicar à programação e discernimento das atividades dos servos e eventos, ao mesmo tempo em que busca sua autoformação e crescimento fraterno. Por isso, verifica-se a necessidade de que existam reuniões específicas ou, pelo menos, mais voltada para cada atividade. Por exemplo, em um mês normal com quatro semanas, sugerimos a seguinte seqüência:
- Uma reunião de planejamento (temas, pregadores, datas para seminário, tardes de louvor, visitas às casas/hospitais, ação social, etc.).- Uma reunião de estudo e formação (palestra, leitura e partilha de um livro ou parte dele, escuta de uma fita K-7 de formação, etc.).- Uma reunião toda dedicada à partilha e oração, principalmente à de intercessão.- Uma reunião de confraternização. Nesta devem participar os futuros membros do núcleo, para irem se entrosando, e também, os familiares dos membros do núcleo, para que o grupo desenvolva sua dimensão fraterna. Não há sentido o serviço sem o envolvimento fraterno; somos mais que servos; somos pessoas com necessidades e carências. De Deus somos filhos e não empregados.
Obs. Na prática é claro que sempre podem ocorrer variações e furos no planejamento, mas ele deve ser sempre um objetivo, e toda alteração, quando necessária, deve acontecer mediante discernimento sério e responsável para não transmitir insegurança aos demais.

20 - Qual o critério para participar do Núcleo?
R - Para se convidar um novato para o Núcleo em primeiro lugar deve ser observada a necessidade por parte do próprio núcleo, se este está pronto para receber novatos (lembrando que o Núcleo não pode ser do tipo "panelinha"). Do lado do servo, deve-se observar as suas qualidades (principalmente o discernimento, a discreção, compromisso e fidelidade), e a maturidade para assumir um serviço desta responsabilidade. É importante ressaltar que o tempo de caminhada somente não é capaz de ser uma referência confiável.

21 - Os membros do Grupo demonstram ser comprometidos com os problemas sociais enfrentados pela comunidade local, assumindo alguma atividade ligada a obras sociais de promoção humana?
R - A conversão a partir da experiência pessoal com Jesus Cristo é a grande meta do grupo de oração. Contudo, não se pode imaginar um processo de conversão sem mudança de comportamento, valores e escala de prioridades; afinal, os primeiros cristãos nos ensinavam quando "Perseveravam na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações" (At 2,42). O envolvimento em uma ação social, seja direta ou indiretamente, é uma conseqüência natural para todo aquele que quer viver a mensagem de Jesus.

22 - Os participantes do Grupo são estimulados a fazer cursos de formação (Escola Paulo Apóstolo, Secretarias, Seminários, Encontros Nacionais, Estaduais e Diocesanos)?
R - A liderança do GO não só deve estimular a formação, como deve também entender que esta formação advém de uma postura de pastoreio e acompanhamento de cada membro do GO. Ou seja, os líderes de um GO devem estar sempre atentos às capacidades e/ou necessidades de cada participante, iniciante ou servo no GO. Muito melhor do que simplesmente anunciar e estimular as oportunidades de formação e crescimento é, a partir de um discernimento, acompanhar e orientar cada membro do Grupo, individualizando e personalizando a sua formação. Isto, porém, só é possível se há pastoreio e se o pastor souber chamar cada ovelha pelo nome, por exemplo. Experimente!!!

23 - À medida que os participantes do Grupo recebem formação, principalmente das Secretarias de Serviço (Pedro, Davi, Moises, Rafael...), eles são aproveitadas para servir no Grupo?
R - Se há um acompanhamento individualizado da formação, com certeza, isso ocorre e é preciso que ocorra. O que seria do mundo se todos fôssemos médicos? Ou, quem sabe, motoristas? Não ia funcionar bem. O núcleo do GO precisa estar atento aos carismas que o Senhor está derramando no GO para promover o equilíbrio. Bons intercessores são tão bons e necessários quanto bons pregadores, ou bons músicos. É preciso que os líderes estejam sempre atentos aos novos valores que o Senhor está formando. "Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao senhor da messe que mande operários para a sua messe" (Lc 10, 2).

24 - Como é feito o pastoreio depois que termina o SVE 1? (Querígma)
R - Com certeza muitas são as maneiras de se fazer o pastoreio (acompanhamento) dos novatos. Podemos destacar vantagens e qualidades em todas. O que é preciso estar bem claro é a necessidade irrefutável de existir o pastoreio. O Senhor nos faz vir seus filhos não para serem ouvintes de palestras, shows ou bons conselhos, mas para muito mais: para serem amados. É difícil amar quem não se conhece, ou aquele com quem não se gasta tempo. Pastoreio é dedicar tempo ao irmão, resolver as suas dúvidas, permanecer ao seu lado nos conflitos e crises, festejar e celebrar com ele.

25 - Quantos dos que vão pela 1ª vez no Grupo, ou que fazem o SVE 1, perseveram?
R - Sabemos que muitos dos que vão ao GO ou aos encontros abertos (de "pescaria") não perseveram. Nem sempre estão afastados de Deus. Podem estar engajados em outro serviço, paróquia, comunidade, etc. Ruim é quando não temos certeza se isto aconteceu. Se nunca nos preocupamos em descobrir que destino teve o irmão que caminhou comigo por um tempo (mesmo que seja por uma reunião), talvez seja porque não o consideremos tão importante assim. Não é verdade. Não queremos que nenhum se perca. Precisamos nos dedicar a todos com uma energia inesgotável, envolver todos os servos nesta missão tão valorosa, cuidar da perseverança do irmão que o "ciumento" Senhor confiou aos meus cuidados. Independente do número dos que estão perseverando no GO, devemos desejar e buscar a perseverança de todos.

26 - O Grupo promove reuniões de oração nas casas dos seus participantes (oração do terço, novenas, pregações da palavra, etc.)?
R - O G0 não pode ser entendido como o momento da reunião de oração; ele é muito maior e complexo, envolve toda a realidade fraterna desencadeada pela experiência original na reunião. O GO deve se estender além dos limites de tempo e espaço impostos pela reunião de oração, e deve alcançar até onde possa ir qualquer de seus membros, em suas casas (família, vizinhos), no trabalho, nas repartições públicas, nos colégios, nas praças etc.

27 - O Grupo promove visitas às casas e hospitais para rezar com os enfermos?
R - Toda missão deve ser sempre discernida para se ter ordem e bons resultados. Contudo se acreditamos que Jesus está de fato ressuscitado, e que seu amor é capaz de curar até o mais desenganado dos doentes, como não ir até eles para lhes dar esta boa notícia? "Estive enfermo e me visitastes" (Mt 25, 36).

28 - O Núcleo caminha em comunhão com a Coordenação da cidade e da diocese, participando das reuniões e eventos promovidos pelas respectivas coordenações? E o Grupo acolhe o que é discernido e proposto pelas Coordenações (de cidade, diocese, estado e nacional), divulgando para todos os participantes do Grupo?
R - É difícil admitir que algum grupo caminhe separado de sua coordenação local (cidade, diocesana, estadual); se isso acontecer, deve-se procurar saber, à luz de Gálatasl 5, 13-26, se tal Grupo está sendo conduzido realmente pelo Espírito, ou discernir de que espírito ele está animado.

29 - Os membros do Grupo são incentivados a participarem das pastorais nas Paróquias?
R - Todos devem ser incentivados a descobrirem o seu lugar na Igreja, sua vocação e ministério. Isto não quer dizer que todos devem fazer a mesma coisa, ou que tem o dever de estar em uma pastoral, por exemplo. A participação de qualquer pessoa, em qualquer serviço pastoral, seja paroquial ou na RCC, deve ser discernido levando em conta, ao menos, os seguintes fatores: a) carisma para o serviço; b) disponibilidade; c) desejo; d) que possa desenvolver a nova missão sem qualquer prejuízo para as que já desenvolve.
Lembremo-nos: "Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos" (Ef 2,10). Não se trata de fazermos muito, mas sim o que Deus preparou para nós fazermos, na medida, no lugar, e na intensidade adequada. Mais uma vez, é só discernir.